Charles Darwin foi um dos pesquisadores mais influentes da história da ciência, uma vez que levantou importantes pontos sobre como as espécies mudaram ao longo dos tempos.
Nascido em 1809, em Shrewsbury, Darwin, desde muito novo, interessou-se pelas ciências naturais. Um fato marcante em sua vida foi a expedição realizada a bordo do HMS Beagle, que permitiu que o naturalista realizasse várias observações importantes e que foram essenciais para o desenvolvimento da sua obra, publicada em 1859.
O livro Origem das espécies por meio da seleção natural é, sem dúvidas, uma das obras mais relevantes da atualidade.
Vida de Charles Darwin
Charles Robert Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809, na cidade de Shrewsbury, na Inglaterra. Era filho de um médico muito conhecido chamado Robert Waring Darwin (1766-1848) e de Susannah Wedgwood (1765-1817), filha de um rico homem da indústria de cerâmica. Sua mãe faleceu quando ele tinha apenas oito anos.
Desde jovem, Darwin era apaixonado por colecionar rochas, animais e plantas. Além disso, adorava realizar atividades laboratoriais com seu irmão, Erasmus, em um laboratório de química montado pelos dois.
Aos 16 anos, seu pai retirou-o da escola e passou a levá-lo para seu consultório, para que ele anotasse todos os sintomas dos pacientes. Logo depois, Darwin começou a estudar medicina na Universidade de Edimburgo, seguindo os passos de sua família.
Darwin não se identificou com o curso, sendo um dos pontos mais traumáticos a falta de anestesia nas disciplinas que envolviam cirurgias. Entretanto, a Universidade de Edimburgo foi importante para ele, pois lá aprendeu sobre taxidermia e teve acesso a importantes obras, como o livro Zoonomia, obra de seu avô, em que se trata de ideias básicas sobre a evolução.
Darwin foi um importante cientista que propôs o mecanismo da seleção natural para explicar a evolução.
Entretanto, apesar do aprendizado, em 1827, Darwin desiste do curso de medicina. Isso fez com que seu pai aconselhasse-o a dedicar-se à Igreja anglicana, enviando-o para o Christ’s College, em Cambridge. Assim ele encontrou o local ideal para estudar história natural, iniciando uma famosa coleção de besouros.
Foi em Cambridge que ele conheceu John Stevens Henslow, um naturalista dedicado à botânica. Henslow aconselhou-o a conhecer as florestas tropicais e indicou-o para viajar a bordo do navio HMS (Her Majesty Ship) Beagle.
O navio partiu em 27 de dezembro de 1831, e Darwin viajou por cinco anos, coletando uma grande quantidade de material. Material esse que rendeu vários trabalhos sobre fauna e flora dos locais visitados, além de contribuições sobre a geologia de algumas áreas. As ideias sobre evolução, no entanto, não foram rapidamente publicadas.
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Darwin casou-se com sua prima Emma Wedgwood, em 1839, e teve com ela 10 filhos. Uma de suas filhas, Annie, a mais velha, morreu precocemente, com apenas 10 anos, e isso abalou as ideias dele em relação a Deus.
Esse famoso pesquisador morreu no dia 19 de abril de 1882, na Inglaterra, e foi enterrado na Abadia de Westminster, em Londres. A causa de sua morte foi, ao que tudo indica, um ataque cardíaco.
Obra de Charles Darwin
A viagem a bordo do Beagle foi, sem dúvidas, essencial para que Darwin compreendesse melhor a ideia de evolução e fosse capaz de elaborar suas teorias. Além das observações realizadas no Beagle, ele leu vários trabalhos que o ajudaram organizar suas ideias. Dentre essas leituras, destaca-se o trabalho de Thomas Malthus, que o fez perceber a existência de uma luta constante dos seres vivos pela sobrevivência.
A primeira versão de origem das espécies foi feita em 1842, porém ela não foi publicada, principalmente devido a questões religiosas, uma vez que seu trabalho derrubava a ideia de que o ser humano havia sido criado por Deus exatamente como é hoje.
Em 1858, Darwin leu um artigo de Alfred Russel Wallace, no qual havia ideias muito semelhante às suas. Ele então enviou esse trabalho para Charles Lyell, Joseph Hooker e Asa Grau, que já conheciam suas ideias. Esses pesquisadores aconselharam uma apresentação conjunta dos trabalhos. As ideias de Wallace e Darwin foram, desse modo, apresentadas à Sociedade Lineana de Londres.
No dia 24 de novembro de 1859, o livro Origem das espécies por meio da seleção natural foi publicado. Sua teoria foi aceita por parte da comunidade científica, porém várias críticas surgiram, e os cristãos consideraram-na uma heresia. No primeiro dia de sua publicação, todos os exemplares da obra foram vendidos, sendo o mesmo observado nas seis edições seguintes.
Darwin e a seleção natural
A seleção natural é o mecanismo, proposto por Darwin, responsável pela evolução. De acordo com o pesquisador, as espécies vivem uma luta constante pela sobrevivência, e é nesse contexto que a seleção natural atua.
De acordo com tal teoria, o meio seleciona o organismo mais apto a sobreviver em determinado ambiente. Esse organismo reproduz-se e passa suas características aos seus descendentes. Desse modo, as variações que permitem a sobrevivência permanecem ao longo das gerações.
Imagine, por exemplo, que existam insetos verdes e marrons que servem de alimento para um tipo de pássaro. Esses insetos vivem em troncos de árvores, desse modo, os marrons ficam mais camuflados que os verdes. O pássaro, para alimentar-se, recorre, na maioria das vezes, aos verdes, pois esses são avistados com mais facilidade.
Desse modo, os indivíduos marrons apresentam uma vantagem em relação aos verdes, que morrem cedo, muitas vezes, antes de atingirem a idade reprodutiva. Os insetos marrons, nesse caso, reproduzem-se mais e passam essas características aos seus descendentes, aumentando o número desses organismos “mais aptos” ao ambiente.
Leia também: Tipos de seleção natural – direcional, estabilizadora e disruptiva
Um problema nessa ideia está no fato de que Darwin não foi capaz de explicar como as características eram transmitidas de um indivíduo para outro. Essa explicação só foi possível posteriormente, graças ao desenvolvimento da genética.
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